terça-feira, 9 de fevereiro de 2016
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Outro dia, enquanto navegava no facebook, encontrei em meio a frases de amor, fotos de casais e amigos, fofocas sobre famosos e indiretas em forma de status algo que me chamou atenção. O link, como tantos que aparecem na minha timeline, levava para algum blog, mas o que prendeu minha curiosidade fora o título do post: Que conselhos você daria para o seu “eu” do passado?
                Obviamente existem vários conselhos que eu daria para o meu eu do passado, algum deles um pouco bobos, tipo: não corte a franja, você vai se arrepender sempre que olhar alguma foto, ou estude para aquela prova de geografia, milagres não costumam acontecer de um dia para o outro, ou até mesmo avisando para continuar com aquele curso de teatro e proibir a timidez de se mostrar.
                Entretanto o que eu gostaria mesmo de falar ao meu antigo eu são conselhos que valem para o ontem, o hoje e o amanhã. Coisas que eu daria de tudo para ouvir há uns três anos. Coisas que certamente me ajudariam a entender melhor os obstáculos de hoje caso eu tivesse aprendido ontem.
                O primeiro deles: as pessoas são um poço de decepção. Algumas decepcionam de modo imperceptível, sem se dar conta do que está acontecendo. Já outras têm total consciência dos seus atos e do que eles podem causar, e é com essas que deve se preocupar. Não, não estou mandando você não confiar em ninguém, até porque a vida é uma repartição de confiança. O que estou querendo dizer é que deverá estar preparada para quedas e tombos e deverá ter em mente que esses poderão ser causados por qualquer um que está ao seu redor.
                Em algum momento você também irá decepcionar as pessoas e ficará em suas mãos a decisão de pedir desculpas ou deixar o tempo resolver. Mas o ponto principal da história é que você terá seu coração partido tantas vezes que se sentirá como se estivesse em queda livre em um abismo sem fim. Quando eu falo de coração partido não estou me referindo somente àquele garoto idiota que fez questão de pisar em cima dos seus sentimentos e jogar os caquinhos em um lixo não reciclável. Estou falando que todas as vezes que alguém fez seu coração doer e seu olho transbordar. Alguns exemplos do que poderá acontecer: você verá seu melhor amigo virando a cara e talvez até falando mal de ti; descobrir o real motivo do divórcio dos seus pais vai ser como uma facada só que dez vezes pior; você desconfiará que sua melhor amiga ficou com o cara que você era completamente apaixonada... E por ai vai.
                Você será decepcionada desde a prima da amiga do seu colega de inglês até seus próprios pais. Chegará uma hora que você se encontrará em um labirinto sem saída. Você pensará em desistir. Você vai cair. E é ai que a coisa vai mudar, porque você vai parar e se perguntar: “Onde foi que eu errei? Quando foi que tudo saiu do controle?”. E então você vai erguer a cabeça, sacudir a poeira e se transformar. Evoluir.
                 Portanto, chegamos ao conselho número dois: Viva. Isso pode resumir perfeitamente tudo o que eu quero dizer: Viva. Apenas viva. Eu sei muito bem que você já reprimiu muitas de suas vontades por medo do que os outros vão pensar. E quer saber? Chega! Foda-se! Chegou a hora de você decidir o que é melhor para si mesma e passar a viver como desejar.
                Não tenha medo de rir por causa do aparelho, o seu sorriso é o mais lindo do mundo. Quer cortar o cabelo, mas tem medo da opinião alheia? Relaxa, a maioria das pessoas vai amar e você vai se sentir totalmente libertada. Quer ir naquela festa, mas não sabe como ficará sua reputação depois disso? Vá! Dance, faça novas amizades, fique com alguém –se assim desejar- e divirta-se como nunca. Meu bem, chegou o momento em que você poderá ser a nerd, a festeira, a divertida e a romântica, tudo ao mesmo tempo, tudo da maneira que você preferir. Mostre toda a força que existe no seu interior. Toda a força que você usou para levantar-se e para seguir em frente. Liberte o seu brilho. Esse brilho que fará com que muitos ainda se apaixonem por você. Permita-se brilhar. Permita-se viver.

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                E vamos aos recados: à vizinha que se mostrou uma falsa, acredite que foi muito melhor para você livrar-se de alguém que só trazia energias negativas. Ao melhor amigo, talvez o mesmo tempo que os separou seja o tempo que os juntará novamente, pode ser que vocês nunca mais se vejam, mas também pode ser que vocês voltem a conversar e refaçam os laços da amizade. Sobre o divórcio dos seus pais, talvez algum dia eles percebam os erros que cometam e que levaram até essa decisão, mas com o tempo você se acostumará e perceberá que a culpa não foi sua e sim deles, que não souberam para qual caminho levar suas vidas. Á melhor amiga que traiu sua confiança, não guarde rancor, em algum momento da vida dela ela descobrirá o porquê de você ter ficado tão magoada e, no dia que tiver seu coração igualmente partido, aprenderá que a vida é feita de escolhas e prioridades. E, por último, ao garoto que jogou seus sentimentos no lixo só nos resta sentir pena; você estará brilhando e arrasando, se amando e cativando o amor próprio, e então ele verá o que perdeu. Pode ser que ainda dê tempo de consertar o erro e recuperar esses sentimentos que foram encaminhados para o aterro sanitário, mas, caso contrário, vamos ter que orar pela dor de cotovelo que ele sentirá quando te vires passar com alguém que realmente sabe dar o valor que você merece. Ou melhor, quem se dá o seu valor é você mesma. O fulano só irá reconhecer a sua luz e querer caminhar ao lado de alguém tão iluminado.
                Então, querida eu do passado, prepare-se porque sua vida enfrentará muitas e muitas emoções. Sei que você não vai ouvir esses conselhos e só terá acesso a eles quando alcançar o hoje, mas fique ciente de que se eu consegui passar, você também conseguirá. Todos esses tropeços formaram a pessoa que eu sou hoje e que você será amanhã. No início poderá ficar um pouco perdida, mas no fim verá que cada lágrima trouxe consigo uma história e um aprendizado.
                Eu não sei o que teria acontecido se eu tivesse recebido esses conselhos, mas aqui, nessa tela de computador, eles ficarão gravados para quem quiser ler e, talvez, levá-los para a vida.

                Ás que já passaram por tudo isso: parabéns, somos vitoriosas nessa batalha, mas devemos nos preparar para a próxima, pois a vida é um ciclo contínuo de aprendizado. Ás que ainda não viveram o que eu citei: preparem-se, a emoção está só começando. E, aos dois casos e todos os outros que existem mas que eu ainda não tive acesso: VIVAM! Pelos seus sonhos, pelos seus desejos, por quem vocês amam e, acima de tudo, por vocês mesmas. 
terça-feira, 3 de novembro de 2015

Se tiver uma coisa que até hoje eu não consegui entender, essa coisa é: meu ímã para idiotas. É incompreensível como a maioria –se não todos- dos meninos quais eu me interesso é rei em idiotice. O pior de tudo é que as leis da física, as regras de matemática e todos os textos de história não conseguem eliminar minha dúvida.
                Em grande parte das vezes eu consigo perceber a enroscada em que estou me metendo e piso no freio antes de me jogar de cabeça. Entretanto, nos piores casos, prefiro ignorar a realidade que insiste em bater na minha porta e me jogo em um abismo sombrio e nebuloso –que todos me mandaram evitar. O resultado é sempre o mesmo: só vou me dar conta da cagada que fiz quando já estou no chão, machucada e sem conseguir controlar as lágrimas.
                Quando isso acontece, meu cérebro imediatamente manda uma mensagem para o meu coração: “Eu te avisei”. E, cara, o pior é que eu fui avisada mesmo. Inúmeras vezes e por inúmeras pessoas.
                “Ele é um idiota, não vale o chão que pisa”. Era o que eu costumava dizer para mim mesma. Pena que o meu coração sempre teve problema de audição. E de visão. E de esperteza. Vamos dizer que ele é meio masoquista, está sempre sofrendo por alguém. Pobre coração, não sabe o valor que tem. Mas uma coisa é irrecusável: ele sabe da sua força. Porque convenhamos, não existe banda id nem mertiolate para curá-lo, mas ainda assim ele conseguiu se curar.
                “Ele é um babaca, mas eu posso mudá-lo”. Esse é o segundo pensamento que passa pela nossa cabeça (e se você pensou isso, minha querida, é porque a paixão já está te afetando). E é então que descobrimos a verdade mais cruel que a vida pode nos mostrar: nós não podemos mudar ninguém além de nós mesmos. Se ele quiser mudar, vai ser por ele mesmo, mas não é você quem vai controlar isso.
            
   
  Agora vou te contar outra verdade dolorosa: você vai se apaixonar por muitos idiotas na sua vida. Se ainda não aconteceu (o que é quase raro) prepare-se, porque acontecerá em breve. E é só quando você derrama uma lágrima por alguém que não mereceu e sente seu coração ser dilacerado aos pouquinhos é que você aprende o seu verdadeiro valor. Porém isso não quer dizer que estará imune aos outros caras ridículos espalhados pelo mundo, longe disso. Você vai gostar, se apaixonar, quebrar a cara, levantar e recomeçar tudo de novo.
                Você vai gostar e se aproximar aos poucos, talvez perceba logo de início do que se trata e pule fora logo, mas talvez você se apaixone e se jogue no abismo sem fim. Isso só o tempo pode dizer.

                Eu ainda não descobri a cura anti-idiotas. Ainda não sei o porquê do ímã que existe dentro de mim se aproximar tão rápido deles. Mas aprendi que uma hora vai passar. Terão machucados, talvez eternas cicatrizes, mas nós não podemos escolher quem vai nos marcar com caneta permanente. A vida pode ser apenas um rascunho ou pode ser um roteiro sem opção de edição. Se apaixonar por bestas é uma arte e nós devemos ser verdadeiros artistas, tanto para se divertir com as cores quanto para saber como arrumar a bagunça depois.
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Tenho a vida bagunçada. Tipo, bagunçada mesmo. Casa, quarto, corpo, rotina, pensamentos e, principalmente, o coração. Estou em época de reforma, mas as portas continuam abertas para quem quiser entrar e ajudar na faxina ou, ainda, bagunçar mais um pouquinho.